Local da conferência
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Torre B
- Auditório 2
Calendarização da Conferência
2016-11-25
10:00 AM
- Apresentação: Francisco Rui Cádima, António Fernando Cascais, Daniel Cardoso: Sessão de apresentação e abertura do Colóquio.
10:30 AM
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Keynote Speaker – Sofia Aboim: “Biopolítica e género":
“Biopolítica e género: poder, estado e mercado numa economia transnacional do corpo”
O trabalho de Michel Foucault continua, hoje, a oferecer o dispositivo conceptual para compreender o género de um ponto de vista biopolítico. Nesta perspectiva, o género não é tanto e apenas uma questão de representação respeitante à formação de imagens sobre o alinhamento de um significador masculino ou feminino com uma categoria social significada e binarizada de homem ou mulher, mas, sobretudo, um aparato institucional em que todos os corpos são absorvidos e classificados. Estas classificações são assim criadoras de efeitos materiais e constituintes de formas de controlo transversais a todo o tipo de práticas estatais e sancionadas pelo estado. As relações de género são, deste modo, parte integrante dos mecanismos de poder exercido sobre uma determinada população, num dado território, em que se mobilizam estruturas e práticas administrativas. É, assim, a partir da obra de Foucault que se elabora uma crítica aos métodos epidemiológicos utilizados para contabilizar a população transgénero e construir a sua cada vez mais contestada classificação biomédica. Em face da diversidade de género existente sob o chapéu trans e da não-conformidade com modelos binários de género, é necessário analisar as formas através das quais o saber-poder médico contribuem para reificar o sistema categorial de género, normalizando a transgressão, como, aliás, sugere, Foucault com o seu conceito de poder normalizador e regulatório. Através de uma genealogia da equação entre controlo e resistência, a população transgénero, enquanto alvo de particular patologização e medicalização, permite-nos explorar duas ideias centrais. Em primeiro lugar, a biopolítica do (trans)género, enquanto medida de legitimação ou contestação de classificações binárias e reprodutivas de uma ordem heteronormativa que integra e normaliza a transgressão. Em segundo lugar, argumenta-se, expandindo a proposta de Foucault, que, cada vez mais, o biopoder e o controlo operam para além do Estado, ainda que de forma cúmplice. Nas últimas décadas, o papel do capitalismo neoliberal transnacional, com as suas estratégias de mercantilização e colonização do Estado – que não poderiam ter sido inteiramente previstas por Foucault na altura da sua morte (1984) – têm contribuído para produzir um mercado global de “corpos” e “categorias” para além das fronteiras do estado-nação e dos seus mecanismos de controlo institucional. Propõe-se assim que, para compreender o legado de Foucault, há também que repensar o biopoder como elemento mercantilizado, tal implicando uma ampliação das formas de controlo sobre o género dos corpos que, como propomos, expande a formulação original do autor, considerando a economia política dominante nas sociedades contemporâneas.
11:30 AM
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Luís Manuel Bernardo, É preciso decidir-se
Sala: Auditório 2 -
José Brás, Maria Neves Gonçalves, A ciência do biopoder: Para uma nova economia dos vivos
Sala: Auditório 2 -
José Manuel Resende, David Beirante, Educar o corpo e a sexualidade na escola: problematizando discursos e práticas à luz do pensamento de Foucault
Sala: Auditório 2 -
Marcos Nalli, Biopolítica ou biotécnica?
Sala: Auditório 2
02:30 PM
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FRANCISCO MOLINA MOLINA ARTALOYTIA, La producción e interacción de identidades en contextos autoritarios: el caso de la medicina hispanolusa sobre la homosexualidad
Sala: Auditório 2 -
Matthias Ammann, Ana Maria de São José, Assexualidade: uma leitura a partir da pulsão de morte
Sala: Auditório 2 -
Paulo Frazão Roberto, Sexo e verdade em La volonté de savoir de Foucault
Sala: Auditório 2
04:30 PM
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António Fernando Cascais, Michel Foucault e a teoria queer
Sala: Auditório 2 -
João Manuel Oliveira, Objetos impróprios: relendo queer entre Butler e Foucault
Sala: Auditório 2 -
Daniel Cardoso, Novos media como tecnologias do self - jovens e sexualidades em rede
Sala: Auditório 2
Organização: Grupo de Trabalho de Género e Sexualidades da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação/ CIC.DIGITAL – Pólo Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa